05 de outubro – data em que se comemora o dia da Micro e Pequena empresa no Brasil. 2020 talvez tenha sido o ano mais desafiador para os que sobreviveram e que enxergam em 2021 o momento da retomada, com novo fôlego e novas perspectivas.
O Brasil nunca foi fácil para quem empreende. Menos ainda para quem trabalha duro para sustentar seus pequenos negócios, quer seja como microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP) ou microempreendedores individuais (MEI). Porém estamos falando justamente de uma fatia que representa 27% do PIB do Brasil. Ou seja, um motor nada desprezível em nossa economia.
São empresários corajosos, pagadores dos caros impostos cobrados e que, quando não atuam sozinhos ou em família, geram empregos e garantem a manutenção de muitas famílias brasileiras. Não é àtoa que as pequenas empresas são responsáveis por 52% da mão de obra formal no País e respondem por 40% da massa salarial brasileira.
Quando analisamos o % de importância com lupa, segundo o IBGE, as pequenas empresas representam simplesmente 53% do PIB do Comércio. No PIB da Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor de Serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios.
Todavia, tamanha importância não encontra proporcional reconhecimento do setor econômico e ainda esbarra na dificuldade de qualificação e capacitação, uma vez que as pequenas empresas são as que mais sofrem em tempos de crise. São empresas cuja saúde está diretamente relacionada com o ambiente de negócios e com o aumento no consumo. A criação do SuperSimples (com redução de impostos e unificação de oito tributos em um único boleto) sem dúvida ajudou na melhoria do desempenho das pequenas empresas, porém num ambiente pré e pós-pandemia, os desafios seguem sendo imensos para essas quase 9 milhões de microempresas existentes no Brasil e que seguem na sua luta pela sobrevivência.
A alavancagem financeira por meio de empréstimos de longo prazo e taxas de juros mais honestas são importantes caminhos para que esse enorme motor econômico flua com mais dinâmica e mantenha seu status de carreador de empregos na economia brasileira. E, para variar, o pequeno empresário terá que buscar essa ajuda dentro de seu próprio terreno, uma vez que o incentivo à pequenas empresas, historicamente não tem tido a relevância necessária na agenda do crescimento econômico de nosso país. Ou seja, de onde menos se espera, é de onde a ajuda continuará não vindo. Porque esperar?
Fonte: Estadão, site SEBRAE, site IBGE.